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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Domingo nos parques

Ontem, domingo dia 23/05, saí para pedalar minha bicicleta, rumo ao parque do Ibirapuera, para depois experimentar a ciclovia que une esse parque ao Vila Lobos. Contudo, cheguei somente até o Parque do "Povo". Dia de sol, manhã fresca, resultado: muitas pessoas também tiveram a mesma idéia.

Primeira constatação: a maioria das pessoas que estiveram pedalando são da classe média e alta, fato constatado pelo modelo da maioria das bicicletas. Um bom sinal. As classes de melhor poder aquisitivo que se locomove de carro durante a semana, gosta de usar a bicicleta por prazer, e em momentos de lazer. Isso nos indica que é possível um diálogo com essas classes sociais no sentido da ação política, para que o poder público ofereça cada vez mais espaços, para trânsito de bicicletas como veículo funcional diário, não somente como instrumento de lazer. Há que se construir ciclovias permanentes e seguras na cidade.

Por outro lado, não se vê ciclovia na zona leste, nem para lazer nem para uso diário, exceto a do parque ecológico do Tietê, muito distante de regiões como Itaquera, Tatuapé, Vila Carrão, Mooca, Pari, etc... Não é prioridade do poder público a ciclovia com meio de transporte. Um dos motivos é a concorrência que faria com o transporte público privatizado, isto é com as empresas de ônibus e vans. Também não é prioridade as áreas públicas para o lazer do paulistano.

Além de tudo isso, as áreas livres não são compreendidas como espaços ecológicos da cidade. Poderiam e certamente melhorariam o ambiente urbano, melhorando o microclima, aumentando áreas de absorção de águas pluviais e ainda poderia servir de corredores ecológicos para unir os remanescentes de Mata Atlântica existente nas bordas da bacia do Tietê.

O parque do Ibirapuera, como referência da cidade encontrava-se muita além da sua capacidade de oferecer conforto e segurança aos usuários, e ainda, certamente fica fragilizado após a visitação de tamanho contingente. Chegando ao Parque do "Povo", local que nunca tinha visitado, notei que se trata um parque usado pela elite residente em suas vizinhanças. O paisagismo não me pareceu que tenha sido projetado com base nas características das várzeas de um rio, visto que o Parque do Povo ocupa a várzea do Pinheiros.  Ao menos na rápida visita que fiz, não avistei nenhum espécie típica de matas ciliares ou de várzeas.

Enfim, ainda está longe ações do poder público que tratem a cidade considerando seus aspectos sócio ambientais de forma integrada, como preconizava, o Prof. Felisberto Cavalheiro

Davis

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