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sábado, 14 de maio de 2011

Código Florestal e a dimensão política

 Nas últimas semanas o debate a respeito da votação do código florestal tem sido veiculado pela mídia, como um embate entre ambientalistas e ruralistas. Tem sido expostas posições cujos argumentos são quase que exclusivamente econômicos, por parte dos ruralistas e por outro lado um posicionamento em defesa da conservação da biodiversidade e demais recursos naturais como a água.

  Contudo, pouco se tem debatido a respeito sobre os resultantes políticos de um lado e de outro. O que ocorrerá caso o código florestal seja aprovado com mudanças que permita que as reservas legais e as APP sejam flexibilizadas ou diminuídas? Certamente, no próximo verão as conseqüências das chuvas influenciará o debate e a dinâmica eleitoral de 2012 para prefeitos e vereadores.

  Em São Paulo e no Rio, onde estão os maiores colégios eleitorais municipais e onde ocorrem com freqüência anual escorregamentos, alagamentos, mortes, prejuízos, o posicionamento frente ao novo Código Florestal será um argumento muito recorrido.

 Espera-se que esse debate não se finde no código em si, pois o primeiro código florestal foi instituindo em 1934 e desde então pouco se respeitou e quase nada se fiscalizou. O resultado, foi a expansão agrícola para o Centro-Oeste e para Amazônia sem qualquer consideração com o Código até então vigente.

Davis

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