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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Sistema de modelamento ajuda a prevenir alterações litorâneas

Sistema de modelamento ajuda a prevenir alterações litorâneas


09/02/2011
Carlos Américo
O Brasil tem à disposição uma nova ferramenta capaz de prever as mudanças do desenho do litoral em até 50 anos. O Sistema de Modelamento Costeiro Brasileiro (SMC-Brasil) é uma adaptação da ferramenta espanhola voltada para gestão litorânea. Ele vai ajudar gestores em políticas para adaptação às mudanças climáticas no litoral.
Em maio, o Ministério do Meio Ambiente vai realizar, em Brasília, o seminário sobre modelamento e gerenciamento costeiro do Brasil. No evento será discutido o potencial e as possibilidades de usos do SMC-Brasil para a gestão litorânea. Participarão do evento representantes da academia, órgãos de gestão e governos.
O evento é resultado de parceria técnica com a Espanha para o intercâmbio de experiências e tecnologia. Com a ferramenta será possível prever alterações da costa, erosões e áreas suscetíveis aos efeitos da mudança do clima. Com o mapeamento, gestores terão base para a tomada de decisão.
Além de antecipar casos de erosão, impactos das mudanças climáticas e risco de deslizamento e enchentes, o modelamento costeiro permite usar o potencial de energia do mar. Na Espanha, por exemplo, a expectativa é de que, em 50 anos, 20% da fonte energética seja do mar.
Adaptando o sistema à realidade brasileira, o seminário vai discutir mudanças climáticas, erosão e gestão costeira. Para a gerente de Gerenciamento Costeiro do Ministério do Meio Ambiente, Leila Swerts, o Brasil deve capacitar técnicos e instituições. "Esse instrumento deve ser inserido na gestão costeira. Isso é estratégico para o País", ressaltou.
O evento também debaterá um sistema de prevenção de danos em casos de derramamento de petróleo, que permite criar projetos para atuar diretamente na solução do problema, como na retirada de pessoas e na proteção das espécies na área de acidente.
O projeto piloto desenvolvido na praia de Massaguaçu, no estado de São Paulo, será apresentado no seminário. Na região, foi diagnosticado áreas de erosão. Com base nessas informações, especialistas e gestores trabalham em soluções para reverter o dano.
ASCOM

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