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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Países deveriam medir riqueza pela qualidade de vida, sugere Fórum de Sustentabilidade IN: BRASIL

13 de Outubro de 2010
Sarah Fernandes
Em vez de medir o crescimento de um país pelo aumento na produção, reunida no Produto Interno Bruto (PIB), os avanços deveriam ser calculados por melhoras na qualidade de vida, avaliadas pela Felicidade Interna Bruta. O tema foi debatido no Fórum Global de Sustentabilidade, realizado entre 9 e 11 de outubro, em Itu (SP), durante o festival de música Stars With You (SWU).
A adoção do índice foi sugerida pelo presidente do Núcleo de Estudos do Futuro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Ladislau Dowbor, no primeiro dia de Fórum. “Temos a ideia que quando o PIB aumenta está bom, que teremos emprego. Mas esse crescimento muitas vezes representa depredações ambientais”, avaliou. “Deveríamos adotar como medidor a Felicidade Interna Bruta, que avaliaria como estamos vivendo”.
“A preocupação com a produtividade sistêmica deveria migrar para a qualidade de vida”, sugeriu Dowbor. “A mídia e a publicidade obedecem aos interesses das empresas de vender produtos, mas elas deveriam focar mais na qualidade de vida”.
A opinião foi compartilhada por Stephen D’Esposito, presidente de uma empresa que media negociações entre ONGs e empresas, chamada Resolve. “Intel, Nokia, Sony e Apple poderiam ter interesse em usar os celulares que produzem, por exemplo, para criar iniciativas que combatam a pobreza em pequenas comunidades tradicionais”.
Empreendedorismo
Um dos meios de fortalecer negócios que preservem o meio ambiente é incentivar jovens a montarem suas próprias empresas. “Eles são bastante atentos e preocupados com a preservação do meio ambiente”, observou Alessandra Franca, presidente do Banco Pérola, que concede crédito para jovens empreendedores a juros baixos.
A iniciativa, apresentada no Fórum, existe há um ano. Antes do crédito ser liberado, a viabilidade da proposta é avaliada de oito dias a três meses. Todos os negócios são acompanhados por técnicos e se integram a uma rede de negócios para fortalecer pequenos empreendedores. A maioria dos negócios é ligada à tecnologia, alimentação e prestação de serviços
“Sustentabilidade é um tema que tem visibilidade entre os jovens. Eles influenciam sua família e podem influenciar todo o seu meio”, avaliou Alessandra. “Sabemos de confecções de jovens que usam retalhos para produzir sacolas”, contou.
O empreendedorismo juvenil também é visto como uma alternativa pelos fundadores da Central Única das Favelas (Cufa), que foi representada no Fórum. “Temos um curso de formação em audiovisual, por exemplo. A cada dez jovens formados, seis conseguem trabalho na área, muitos abrindo suas próprias produtoras”, contou a diretora da Cufa, Nega Gizza.
“Temos uma preocupação grande com mercado de trabalho. Ele deve ser um lugar onde o jovem possa impor sua visão de mundo e se sustentar para manter sua ideologia”, avaliou Nega Gizza.

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