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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Jornalista conta experiência de turismo sustentável na Dinamarca

08/04/2011 16:33:40


EcoD
Sabine conheceu as turbinas eólicas da costa de Copenhague. Foto: Acervo pessoal
Sabine conheceu as turbinas eólicas da costa de Copenhague. Foto: Acervo pessoal

A jornalista Sabine Righetti, do caderno de ciências da Folha de São Paulo, foi convidada pelo governo da Dinamarca para visitar o país no início da primavera, quando o sul do globo está no outono. Durante a viagem, Sabine andou de bicicleta, trem, ônibus, carro e até táxi elétrico, e também ficou hospedada em um hotel com certificação Green Key – que indica que o local reaproveita água, utiliza energia solar e serve alimentos orgânicos.
Cerca de 58% dos hotéis dinamarqueses possuem essa certificação, e a busca pelaGreen Key só cresce. Mas, segundo Sabine, as medidas sustentáveis não indicam que o turista vai conviver com “ecochatos”, que tomarão conta do tempo de chuverada, por exemplo. A estrutura do hotel é sustentável, mas o turista desligado nem percebe que contribui com a preservação do meio ambiente, diz.
A jornalista conta que o hotel em que ficou hospedada era bem aconchegante e, além de tudo, toda a comida servida era orgânica e muito saborosa. Outro ponto a favor dos turistas é a locação de bicicletas. Como Copenhague é uma cidade plana e repleta de ciclovias sinalizadas, boa parte da população, cerca de 36%, usa as magrelas como principal meio de transporte.
Cerca de 36% dos cidadãos usam a bicicleta como principal meio de transporte. Foto: Marionzetta
Cerca de 36% dos cidadãos usam a bicicleta como principal meio de transporte. Foto: Marionzetta
“Boa parte dos hotéis ‘verdes’ da capital dinamarquesa aluga bicicletas por cerca de R$ 30/dia”, explica Sabine. Mas os outros meios de transporte também impressionam: “Os trens e ônibus são ágeis e extremamente pontuais. O metrô também é seguro e fácil de usar. O trajeto do aeroporto de Malmo ao centro é mais rápido de metrô do que de táxi”. Se preferir, o visitante ainda pode utilizar os táxis elétricos, que se destacam pela cor verde.
Cultura sustentável
A jornalista conta que os dinamarqueses desenvolveram uma cultura mais sustentável depois da crise do petróleo, ocorrida na década de 1970, e, a partir daí, tiveram que encontrar energias alternativas. A busca por medidas mais sustentáveis se reflete também no dia a dia da sociedade.
Sabine explica que, no país nórdico, “os cidadãos tem a opção de escolher qual forma de energia querem consumir em casa, e boa parte escolhe a eólica – que custa 20% a mais”. Além disso, “para onde você olhar, verá painéis solares. Todas as casas e prédios têm!”, complementa.
A jornalista observou que o pensamento de agir de forma mais sustentável já faz parte das políticas públicas e do dia a dia dos indivíduos. “As pessoas discutem sobre políticas verdes em todos os lugares, assim como discutem sobre tudo. A Dinamarca é um dos países campeões em participação social em todos os tipos de tomadas de decisão no governo”.
(EcoD)

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