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terça-feira, 16 de abril de 2013

Divisão do Conhecimento



Divisão do Conhecimento



Antes de começar, creio que seja de fundamental importância resgatar um conceito visto e discutido anteriormente: a epistemologia. Você se lembra o que é epistemologia?


    Definição: do grego: “epistemo” significa conhecimento, e “logia” significa lógica, ou seja, epistemologia é a lógica do conhecimento.



Toda a epistemologia está relacionada ao contexto social e histórico. Um bom exemplo desses conceitos juntos é a guerra.



Mas o que a guerra tem a ver com a epistemologia da biologia? Nada? Tudo!!! Cerca de 80% dos pesquisadores do mundo estão relacionados com a indústria da guerra, e essa ligação permitiu a solução de muitos problemas, como por exemplo o surgimento da morfina, que foi criada com o intuído de servir de analgésico para os soldados mutilados nas guerras. 





Para isso foram necessários inúmeros estudos nas mais diversas áreas da biologia, como: Biofísica, anatomia, fisiologia, biologia celular e muitos outros.


O conhecimento científico surgiu na Grécia de Platão, entretanto, ele só foi difundido entre o séculos XV e XVI, quando ocorreram as grandes navegações. Para tal episódio épico, foi necessário resgatar diversos tipos de conhecimentos, envolvendo principalmente: a cartografia e a engenharia naval. Com isso, eis que surge a caravela, um marco na tecnologia da época. Com um design novo e robusto a caravela começou a se destacar principalmente pelo fato de que sua propulsão  não era feita exclusivamente por remos, e sim por velas, que tornara-a a embarcação mais rápida e fácil de se manobrar. 

           Isso fez com que os portugueses alcançassem uma grande vantagem na pesca do bacalhau, pois além de possuírem um barco rápido e eficiente, não era mais necessário dezenas de homens para propulsionarem a embarcação, poupando espaço para armazenamento de mais carga. Além do mais, foi com a caravela que os portugueses traçaram uma nova rota até as índias orientais, assim como cruzaram o atlântico.


De maneira integrada, o uso do conhecimento cartográfico e da engenharia naval permitiu façanhas incríveis a portugueses, como “descobrir” um novo continente, atravessando um oceano que para eles estava cheio de monstros. 
Assim como a caravela, inúmeras outras tecnologias foram surgindo com o passar do tempo, e essas tecnologias se tornam cada dia mais complexas, na mesma proporção que dividem o conhecimento. O computador surgiu durante a Segunda Guerra Mundial.



No pós guerra, essa tecnologia foi aperfeiçoada e passada para a população civil, com o intuito de armazenar e gerenciar dados, que a cada dia se multiplicavam mais e mais. Por mais que tenha uma “boa intenção” por trás dessa tecnologia, ela se tornou numa clara divisão do conhecimento, pois a cada dia novas tecnologias surgem, necessitando de especialistas para lidar com essas novidades, e cada vez mais o conhecimento se torna dividido e isolado. Isso gera uma má comunicação entre as ciências, que leva a alienação e a má compreensão do meio ambiente.

           Podemos usar como base, um argumento do autor Edgar Morin, na obra: Os sete saberes básicos para a educação do futuro, onde ele nos transmite a ideia de que tudo está correlacionado com um contexto, uma causa maior, e com a divisão do conhecimento não conseguimos contextualizar os problemas, e isso faz com que nosso julgamento seja prejudicado. Para ilustrar melhor essa ideia iremos usar um exemplo qualquer. Imagine os problemas socioambientais da comunidade do México 70. 


        Para podermos entender o que se passa ali teremos que analisar um contexto, que no caso seria o contexto histórico dessa comunidade. Essa comunidade teria surgido com a construção da rodovia Anchieta, com o intuito de ligar a capital ao principal porto do pais. Após a construção da rodovia, os trabalhadores não tiveram opção a não ser ficar por ali mesmo e formarem sua comunidade. Em um contexto mais amplo, temos o governo do Estado de São Paulo, que construiu a rodovia, baseando-se na demanda de desenvolvimento do governo Federal. Ou seja, não basta apenas olhar para o problema, devemos ter uma visão ampla, contextualizada, como se tivéssemos olhando de cima, enxergando tudo a nossa volta. Só assim o conhecimento será completo, como era no contexto pré-socrático.

Felipe Maciel Zurlo/ Nicholas Kriegler

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