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Pessoal, Aziz Nacib Ab'Saber e Bertha Becker |
Ih! Tá com um buraco de uma semana!
Na aula do dia 17 finalizou-se a discussão sobre o primeiro texto "O debate modernidade/pós-modernidade e a renovação do discurso do planejamento", de Miguel Aguilar-Robledo.Longo texto, muitos conceitos novos, longas discussões. Finaliza a aula com a distribuição de materiais de Planos Territoriais para cada grupo, juntamente com um roteiro de análise dos planos.
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A proposta da aula do dia 24/08/2010 é finalizar a atividade da aula anterior. A medida que os grupos socializam sua análise para o resto da turma, algumas críticas são feitas, levanta-se pontos para discussão e reflexão que foram anotados aqui (mas só as idéias principais...):
- As grandes políticas públicas tratam questões ambientais como questões externas, fora de pauta. Isso pode ser visto na distribuição de investimentos do Estado.
- Um exemplo que internaliza a questão ambiental em políticas públicas é a obrigatoriedade de comprar alimentos orgânicos que irão para a merenda de esclas municipais (Não sei se isto vale para o Brasil inteiro, mas pude ver isso de perto em uma comunidade ribeirinha no município de Iranduba, perto de Manaus).
- Critérios ecológicos são importantes para serem considerados, mas se desconexos da sociedade, passam a gear conflito entre conservação e ocupação.
- Definir zonas de uso e restrição é uma escolha social e pode considerar aspectos científicos, sociais, etc.
- O Zoneamento Ecológico Econômico foi uma reivindicação (eu nunca conseguia escrever esta palavra!) de vários setores - sociedade civil, academia, estado, indústrias.
- O grande Aziz Nacib Ab'Saber e Bertha Becker (li esse livro dela, muito bom: Becker, Bertha K. Amazônia: Geopolítica na virada do III milênio.1ªed. Rio de Janeiro: Garamond, 2004, 172p.) estiveram a frente pela criação das ZEE. Não foi apenas uma luta do movimento ambientalista. As indústrias também, pois queriam saber quais áreas poderiam explorar.
- A interdisciplinaridade é fundamental no processo de Planejamento Ambiental, buscando outros referenciais e demanda vontade e desprendimento para dedicar-se a outros campos do saber. (Ou seja, ser bitolado não rola)
- Lembramos mais uma vez que a Universidade não é neutra. (E o texto de Boaventura Santos pode dar mais subsídeos de como essa falsa neutralidade pode ficar ainda pior).
- Uma observação relevante sobre o acesso aos materiais analisados: Alguns possuem um bom embasamento científico do ponto de vista técnico e propostas de ação bem feitos, (tal como o Programa de Gestão para desenvolvimento sustentável da bacia contribuinte à Baia de Ilha Grande) porém o acesso a este material é restrito, ou pelo menos desconsiderados pelos tomadores de decisão (e não acessível aos cobradores de decisão?). (O professor disse que vai deixar este material disponível na biblioteca). =)
-O que predomina mais uma vez são os interesses da "mão invisível do mercado" de Adam Smith (mão medonha por sinal), reforçando a discussão do início desta aula, que "as grandes políticas públicas tratam questões ambientais como questões externas". (Sendo assim, o que cabe a nós dentro da Universidade?)
Encerra-se a socialização dos materiais de planos territoriais.
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Início da revisão: PARADIGMAS EPISTEMOLÓGICOS DO PLANEJAMENTO
Episte = Conhecimento + Lógico = Lógica
- Pressupostos teóricos do desenvolvimento do saber científico:
- Desde a racionalidade da ciência moderna que forja-se no século XVI, a partir do Renascimento;
- Supera o domínio ideológico da Igreja;
- Demanda do mercantilismo por novas tecnologias;
- O impirismo como método;
- Sob a perspectiva moderna Boaventura Souza Santos (olha ele aí de novo) e Chalmers dizem que a ciência busca leis gerais, leis universais;
- Aí entra o positivismo científico: em linhas gerais, observar, quantificar e representar matematicamente, desconsiderando certos elementos que compõem o todo, ou seja, reduzindo a complexidade;
- Complexidade trazida com grande embasamento teórico com Fritjof Capra (autor de O Tao da Física, Teia da Vida e Ponto de Mutação- que virou filme - 4 . vc tem?) e Edgar Morin (um dos grandes pensadores da França e do mundo sobre Educação e complexidade, escreveu um tantão de livros também);
- Por fim, uma breve revisão do texto"O debate modernidade/pós-modernidade e a renovação do discurso do planejamento", de Miguel Aguilar-Robledo, ligando o desenvolvimento do saber científico com os pontos centrais do embate teórico sobre os limites do planejamento moderno.
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E a aula da tarde?
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