Assim como na educação, me parece que os serviços públicos de abastecimento e saneamento estão atingindo a universalidade brasileira. No entanto assim como na educação, vale um questionamento: como está a qualidade desses serviços?
Com respeito a coleta e destinação de resíduos sólidos, por exemplo, quanto se está separando, coletando seletivamente e se destinando a reciclagem? Quanto se está investindo em campanhas de re-uso de materiais? Como a política pública trata a responsabilidade das empresas em recolherem materiais possíveis de serem reutilizados e mesmo reciclados? Quantos municípios coletam lixo nas áreas rurais? Quantos ainda destinam para lixões? Quantos reaproveitam a energia dos aterros sanitários?
Com respeito ao abastecimento de água. Incrível que uma boa parte da população ribeirinha da região amazônica, no período menos úmido fiquem sem acesso a água de boa qualidade. E mesmoa água nas grande cidades, o quanto ainda é desperdiçada por vazamentos nas tubulações? E o custo de captação e tratamento, cada vez mais alto devido a contaminação de rios e represas, como o caso do Rio Tietê, represas Billings e Guarapiranga.
E o esgoto, esse então, ainda que esteja sendo coletado, para onde está indo? Quais as soluções técnicas adotadas para a destinação e tratamento? Fossas são adequadas para regiões de alta pluviosidade? Nem todos tem recursos individuais para contratarem limpa- fossas, sobretudo no período de verão em que se esgotam rapidamente.
Existem alternativas de tratamento que pouco são adotadas como por exemplo o sistema de wetlands.
Portanto, não basta aceitarmos os números pura e simplesmente sem um olhar crítico, pois se indicam que os serviços estão aumentando, não indicam que estão melhorando a vida das pessoas e em consonância com a melhoria da qualidade ambiental.
Davis
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