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domingo, 25 de outubro de 2009

Ajude a banir agrotóxicos da agricultura no Brasil

Olás pessoal vi isso no site da ONG Fase, ainda da tempo....


A sociedade brasileira não está devidamente informada, mas está em curso no país um processo de reavaliação de 14 substâncias usadas em agrotóxicos atualmente no cultivo de muito daquilo que vai à mesa das famílias. Quem conduz este processo é a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A idéia é que, à luz de novos estudos sobre os malefícios provocados por certas substâncias, o poder público possa determinar quais são as substãncias que seguirão permitidas e quais outras serão proibidas, como acontece em qualquer lugar do mundo. Mas este passo fundamental em defesa da saúde pública vem sendo boicotado pela parcela da classe política que representa estritamente os interesses de grandes fazendeiros.

Assim é que, até o dia 3 de novembro deste ano, a Anvisa receberá manifestações de toda e qualquer pessoa que viva no país acerca do seguinte: deve o Brasil continuar permitindo os agrotóxicos à base de Endossulfan e Acefato? A Anvisa acha que não, e recomendou sua proibição com base em riscos à saúde já comprovados.

Sobre o Endossulfan, a Anvisa emitiu parecer técnico recomendando “a proibição desse agrotóxico no país, considerando que os estudos descritos na Nota Técnica demonstram que esse agrotóxico possui características genotóxicas (alterações genéticas), neurotóxicas (danos ao sistema nervoso), danos ao sistema imunológico e provoca toxicidade endócrina ou alteração hormonal e toxicidade reprodutiva e malformações embriofetais. Tais características levaram à proibição deste agrotóxico em diversos países devido aos riscos para a saúde humana”.

E a respeito do Acefato, a Anvisa recomenda “restrições de uso e posterior proibição desse agrotóxico no país, considerando que os estudos descritos na Nota Técnica demonstram que esse agrotóxico possui características genotóxicas (alterações genéticas), pode causar câncer e leva a distúrbios neuropsiquiátricos e cognitivos (dificuldades de aprendizagem). Tais características levaram à proibição deste agrotóxico em diversos países devido aos riscos para a saúde humana”.

A frases finais dos trechos aqui reproduzidos falam de um fato extremamente revelador, que não será demais pôr em destaque. O Brasil ainda usa agrotóxicos proibidos em países como Estados Unidos, China, Índia e toda a União Européia. Eles foram proibidos nestes lugares por riscos à saúde humana, exatamente os mesmos riscos alertados pela Anvisa agora. Talvez devêssemos concluir que seria óbvia e natural a proibição destas substâncias por aqui. Mas não é. No Congresso Nacional, a bancada ruralista está reunida mais uma vez contra o processo de revisão dos 14 agrotóxicos. A razão disso é conhecida: desconsiderando os critérios mais fundamentais de saúde pública, os grandes produtores rurais se atêm aos cálculos de custos e lucros que têm e terão com a agricultura.

Diante disto, se você acha que a Anivsa deve ter condições de levar à frente o processo de reavaliação dos agrotóxicos (já proibidos em outros lugares do mundo), em nome da saúde pública, é hora de se manifestar. Basta enviar um e-mail para a Gerência de Toxicologia da Anvisa, no endereço toxicologia@anvisa.gov.br. No site da Anvisa, é possível conhecer melhor os argumentos técnicos que fundamentam o pedido de banimento destes produtos químicos da comida que chega à nossa mesa.

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