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quarta-feira, 2 de março de 2011

Baía Limpa: Vivências para cidadania, trabalho, educação e desenvolvimento sustentável

http://www.aprh.pt/rgci/pdf/rgci-202_Ferreira.pdf
Resumo

O Projeto “Baía Limpa: Vivências para cidadania, trabalho, educação e
desenvolvimento sustentável, atuou no monitoramento de material sólido
na Baía de Guanabara em três áreas, São Gonçalo, Magé e Rio de Janeiro
(Ilha do Governador e Ramos) entre janeiro de 2009 e fevereiro de 2010.
Não por coincidência essas áreas são sedes das colônias de pescadores
Z-8, Z-9, Z-10 e Z-11 respectivamente. O objetivo do Projeto Baía Limpa
não é, como se pode supor, limpar a Baía de Guanabara, e sim monitorar
de forma contínua a quantidade de resíduos sólidos que chegam à baía de
Guanabara. Essa monitoração é feita através de coletas manuais regulares
na costa, de arrastos de fundo e da instalação e manutenção de redes em
rios. As atividades acima citadas contribuem para a melhoria da
qualidade de vida e trabalho dos pescadores artesanais, pois o pescador
não deixa de exercer sua atividade primária, a pesca artesanal,
colaborando três vezes por semana, sob regime de contrato de parceria de
três meses (remunerada semanalmente) com o projeto Baía Limpa. A
remuneração auxilia na sobrevivência e reprodução das famílias
participantes. O projeto de pesquisa não trabalhou para a retirada de
todo o material sólido que escorre pelos rios para a baía de Guanabara,
mas para gerar dados para que o poder público pudesse elaborar suas
políticas na área, bem como para conscientizar os pescadores, moradores
e as futuras gerações, via atividades de educação ambiental e
apresentação de resultados na Escola Estadual Carlos Maia, em São
Gonçalo, na UERJ e na Petrobrás. Os benefícios para os pescadores
artesanais giram, principalmente, em torno da manutenção do ambiente,
para que possam continuar exercendo a atividade, sob melhores condições.
A sociedade também se beneficia via melhoria da qualidade do pescado que
abastece o mercado de alimentos. O projeto visa trazer visibilidade para
a atividade, valorizando-a, sensibilizando a sociedade e fortalecendo as
colônias e a Federação de Pescadores do Estado do Rio de Janeiro,
entidades representativas dos pescadores. O projeto é uma iniciativa da
Federação de Pesca do Estado do Rio de Janeiro e dele participam os
pescadores devidamente associados. Ele tem cunho social e é financiado
pela Petrobrás como uma forma de compensar os danos causados pela
urbanização.

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